SES promove capacitação sobre avaliação multidimensional da pessoa idosa na atenção primária
A Secretaria de Estado da Saúde (SES), em parceria com o Ministério da Saúde (MS) e Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) qualificou coordenadores e referências técnicas de saúde da pessoa idosa de municípios maranhenses, nesta terça-feira (19), durante a ‘Oficina de Qualificação de Manejo da Avaliação Multidimensional da Pessoa Idosa na Atenção Primária em Saúde (APS)’, no Auditório do Edifício João Goulart, em São Luís.
Instruir os profissionais que atuam na APS irá impactar na melhoria do acompanhamento em saúde da pessoa idosa, de acordo com a chefe do departamento de Atenção à Saúde do Adulto e Idoso, Claudiana Cordeiro.
“A avaliação multidimensional é a estratificação de risco da pessoa idosa. Isso traz um benefício muito grande, pois nós precisamos saber quais são nossos idosos que necessitam de uma atenção diferenciada, oferecendo assim, mais qualidade de vida para eles e prevenindo agravos”, explicou.
A identificação correta de idosos frágeis ou em risco de fragilização vai permitir que o país e o Maranhão tenham um retrato mais fiel de como acontece o processo de cuidados no envelhecimento, estabelecendo fluxos e ações para o acompanhamento da pessoa idosa dentro da Atenção Primária.
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgou em julho que a população idosa brasileira cresceu nos últimos 10 anos, saindo de 11, 3% a 15,1%, diferente da faixa etária de menos de 30 anos, que caiu de 49,9% em 2012, para 43,3% em 2022.
Então, à medida que os municípios adotam a avaliação multidimensional e treinam suas equipes, elas vão contribuindo no avanço da implantação da política de saúde da pessoa idosa e se preparam para quem está chegando. É o que explica a coordenadora de Saúde da Pessoa Idosa na Atenção Primária do MS, Lígia Iasmine Gualberto.
“As ações de saúde para a pessoa idosa precisam estar voltadas para a manutenção e a recuperação da autonomia e da independência. Não basta só cuidar de doenças ou controlar a pressão e o diabetes - a gente precisa cuidar com o olhar multidimensional. Precisamos mudar aquela ideia, que para a pessoa idosa seria normal cair, não querer sair de casa, caducar - são manifestações que possuem tratamentos e são reversíveis, por isso apoiamos qualificações como essa”, pontuou.
Uma das cidades que vem trabalhando a avaliação multidimensional é Luís Domingues. A coordenadora da Atenção Primária do município, Juliana Oliveira, que apresentou ‘case’ durante a Oficina, explicou para os participantes como o trabalho vem acontecendo.
“Luís Domingues possui uma população pequena de sete mil habitantes e 12% são idosos. Nesse período nós fizemos um fluxo de atendimento para a população idosa, perfil epidemiológico e hoje apresentamos quem são os profissionais que cuidam deles, quais os nossos métodos e o que a gente usa para fazer esse acompanhamento”, disse.